sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Lenda do Santo Padroeiro

Desde algum tempo os índios suspeitavam que os povoadores eram avisados dos seus preparativos de guerra, cada vez que eles pretendiam ataca-los, de maneira que ligeiros e sucessivos assaltos não surtiam, o desejado efeito, instigados pelos franceses, os tamoio resolveram concentrar todas as suas forças e recursos de guerra para uma ação geral e decisiva contra os povoadores, de todos os lados afluíram ao Rio de Janeiro bandos de guerreiros indígenas como o afamado Guaixará, grande cacique de Cabo Frio, para exterminar os povoadores e arrasar o arraial da Cara de Cão. E no mês de Julho, estavam prontos para o combate escondidos detrás de uma ponta de morro, acabaram emboscando Francisco Velho que atravessa a barra em busca de madeira, porém a manobra foi percebida do arraial por Estácio de Sá. Que de imediato reuniu, apressadamente a sua gente e partiu em socorro de Francisco Velho, com quatro canoas de guerra quando em perseguição dos tamoios, se aproximaram da ponta de terra, surgiu detrás dele um temeroso bando de igáras comandados por Guaixará, Estácio de Sá, cercado pela horda selvagem, defendeu-se tenazmente, pusera a funcionar a roqueira* que trazia em sua canoa, atirando sobre o inimigo; mas a luta era desigual e violenta, e no auge da luta, após um disparo da roqueira, a pólvora explode na canoa portuguesa, erguendo no ar uma espessa camada de fumaça. De subido, a mulher do cacique Guaixará, tomada de pavor, propaga o pânico em todo o gentio, e o terror lastrou com rapidez contagiante, e a turba selvagem. alucinada e pávida, desandou a fugir desordenadamente. Tão imprevisto quão insólito sucesso, naquele transe aflitivo para os povoadores, revelou-se a sua imaginação como resultante de uma verdadeira intervenção divina. Correram todos a Capela de São Sebastião, a render-lhe graças pela salvação das suas vidas, daí a lenda atribuída aos tamoios, da aparição de um jovem guerreiro em armadura de combate, durante a luta, passando de uma para outra canoa portuguesa, produzindo nos índios uma surpresa terrível; daí também, a tradição, conservada desse sucesso, que por muito tempo foi comemorado no dia de São Sebastião, simulando combates de canoas na baía da Guanabara, com isto se tornou a primeira lenda da história da Cidade do Rio de Janeiro.

*ROQUEIRA: sf (roca1+eira) 1 Antigo canhão que atirava pelouros de pedra. 2 V ronqueira, acepção 3. 3 ant V bacamarte.

Fonte Texto: http://www.geocities.com/Area51/Atlantis/2970/principal.htm


Legenda Foto: São Sebastião do Rio de Janeiro de Gilliat

Sebastian - Gilberto Gil e Milton Nascimento

História do Santo Padroeiro


São Sebastião (Franças, 256-286) originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que se teria alistado no exército romano cerca de 283 (depois da era comum) com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos que via enfraquecer diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão, designaram-no capitão da sua guarda pessoal – a Guarda Pretoriana. Cerca de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram o seu símbolo e uma constante na sua iconografia). Porém, Sebastião não faleceu, foi atirado no rio, pois achavam que ele estava morto, encontrado muito longe de onde foi atirado, foi socorrido por Irene (Santa Irene). Mas depois, tendo sido levado de novo diante de Diocleciano, quem ordenou então que Sebastião fosse espancado até a morte... Mas que mesmo assim, ele não teria morrido, propriamente dito... Acabou sendo morto transpassado por uma lança.

Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: Historicamente o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da era comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece um pouco precoce. Lembrando que mitos religiosos não são história propriamente dito. Em outras palavras, o simbolismo na história de Jonas ou de Noé não é vista como histórica pelas lideranças cristão atuais, mas sim como alegorias, estórias de inspiração.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval - surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); de resto, três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, e tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum cepticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

Fonte Texto: http://pt.wikipedia.org


Legenda Foto: De: Sandro Botticelli. Título: Hl. Sebastian

Ser Carioca by Priscilla Grasso




É ir em clássico lotado no Maracá em Domingo de Sol.
Curtir praia no final de uma tarde qualquer.
É sempre parar para um cerveja depois do trabalho.
É mesmo dentro de um ônibus lotado continuar no bom humor.
É falar com todos mesmo não conhecendo.
É no fim de semana fazer churrasco com os amigos.
Se não tem lugar faz ali no buteco da esquina mesmo.
É se sentir feliz só por ouvir uns acordes de um samba qualquer.
É no carnaval sair pelas ruas atrás de um bloco, sem abadá.
Ir no Monobloco em Copa.
No Escravos no Largo da Prainha.
No Bola na Cinelândia.
E no Cacique em Ramos.
É ir no banco, no shopping, no mercado, no bar, na balada de Havaianas.
É chegar de viagem pela ponte Rio-Niterói e ficar feliz ao avistar lá no Corcovado o Cristo Redentor.
É mesmo morando um pouco longe da praia sentir orgulho de tê-la.
É ir em todos os sambas da Zona Norte a Zona Sul.
É em dia de São Jorge de vermelho ir ascender vela.
É nunca ter ido ao Corcovado ou ao Pão de Áçucar. Coisa de turista.
Mas saber que é a vista mais linda do mundo.
É ir em show de graça nas areias de Copacabana ou na Praça XV.
É ter como shopping a rua da Alfandêga.
É beber Itaipava porque é um real na Lapa.
É tanto em uma sexta-feira ir para um show caro na Fundição ou simplesmente beber uma latinha no depósito.
O importante é encontrar os amigos.
É ficar amiga do garçom de seu bar preferido.
É para em qualquer lugar que esteja tendo um batuque.
É se divertir com os malucos da Carioca.
É saber as horas pelo relógio da Central.
Ou pelo badalar de alguma igreja pelo bairro.
É ter saudade de Zico jogando.
Mesmo não tendo visto Galinho de Quintino jogar.
É saber que Garrincha foi melhor que Pelé.
É sentir saudade dos cinemas de rua da Sans Peña.
Do Tivolli na Lagoa.
É saber que conhecer a Lapa é parar na Joaquim Silva e beber no Antônio.
É saber onde a escadaria Selarõn vai dar.
É pegar bonde andando e ir pendurado para não pagar.
É explicar que buteco de verdade não tem garçom arrumadinho e ar-condicionado.
É ir de trem para Feijoada da Portela em Madureira.
É sair da cidade mas rezar para voltar logo.

terça-feira, 2 de março de 2010

E o Rio de Janeiro continua lindo...


Parabéns Cidade de Rio de Janeiro pelos seus 445 anos.